Suspeito de matar a trabalhadora rural Clarice Inácia da Mata Silva (52), a paneladas, o caseiro Marcos Aurélio Gomes Gonçalves (29), disse que cometeu o crime em “legítima defesa”, em Caiapônia (GO).
Ele prestou depoimento à Polícia Civil (PC) nesta terça-feira (08/01) e disse que a vítima tentou matá-lo com uma faca e, por isso, bateu a cabeça dela na parede e depois usou uma panela (clique aqui e relembre o caso).
O caso é investigado como feminicídio, a princípio, mas há possibilidade de ser tratado como outro tipo de crime, conforme revelou o delegado a imprensa.
A vítima e o suspeito haviam acabado de se conhecer por meio de amigos em comum.
Como não havia pedido de prisão contra o investigado, ele foi ouvido e liberado.
De acordo com o delegado Marlon Souza, a Polícia Civil não acredita na versão apresentada pelo homem porque a vítima não tem qualquer histórico de violência.
No entanto, continua com as investigações para ver se o relato do investigado é coerente.
“Ele alega ser usuário de entorpecentes, morar na mesma região que a vítima e disse que se conheceram na noite de domingo em uma reunião de amigos. Ele contou que ela demonstrou interesse nele, eles foram para casa dela e, no meio da relação sexual, do nada, ela começou a falar que ia matar ele”, contou.
O delegado disse ainda que o investigado não apresentou frieza ou arrependimento, mas que parecia “desnorteado” e “fora da realidade” diante da situação.
“Ele disse que ela pegou uma faca e foi para cima dele, por isso ele bateu a cabeça dela na parede várias vezes e pegou uma panela para continuar batendo. Depois de tudo ele contou que se vestiu e foi embora. Antes de ir para casa se confessou para um pastor da região e esqueceu os documentos no local do crime”, completou.
A Polícia Civil deve ouvir ainda esses amigos em comum dos dois para saber mais detalhes sobre as circunstâncias em que o casal se conheceu.
O pastor para quem o homem confessou o crime também deve ser chamado para depor.
“Vamos aguardar o laudo cadavérico, a perícia para dizer se há sinais de relação violenta ou não e do local de crime, para ver se é compatível com a versão que ele narra”, disse.
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)